Under a female gaze, Ana Holstein Beck captured more than 5900 pictures, between 1908 and 1956. These sequential photographs, imbued with a filmic quality that allows us to follow the actions, the amusements or even the conversations between people, present us with a feeling of presence, while also revealing gestures and ways of being and connecting.
Her first photographic album, produced when she was only 13 years old, fully portrays the Portuguese Royal Family as shot in 1915 and 1916, thus creating a narrative of their daily life during the troubled early years of exile, following the implantation of the Republic.
Ana Holstein Beck also allowed herself to be photographed, on several occasions, holding her photographic equipment on her chest. These were frequently ostentatious poses, impregnated with joy for the unconcealed pleasure she drew from photography, a liveliness that compelled her to shoot everything that elicited her curiosity and feelings.
In addition, she demonstrated a particular interest for capturing pictures of automobiles, having recurrently photographed the vehicles in which she travelled, their occupants, the adventures and happenings that occurred during the many trips, hunting expeditions and holidays shared with her friends.
She also staged several photo reports, with the purpose of documenting significant events, as was the case of the Medieval Procession of Lisbon, in 1935, the Exhibition of the Portuguese World, in 1940, the Blessing of the Cod-Fishing Boats, in 1943, and the Funeral Procession of the President of the Republic, António Óscar de Fragoso Carmona, in 1951.
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Sob um olhar feminino, Ana Holstein Beck reuniu mais de 5900 fotografias entre o período de 1908 a 1956. As imagens sequenciais, quase cenas fílmicas onde podemos seguir as ações, as brincadeiras ou mesmo as conversas provocam uma sensação de presença e revelam gestos, formas de estar e de relacionamento.
Diogo Holstein Manoel e Ana Maria Holstein Beck em Grindelwald, Suiça, em Agosto de 1947.
O primeiro dos seus álbuns de fotografia, elaborado quando tinha apenas 13 anos, retrata de forma completa a Família Real, captada nos anos de 1915 e 1916, e constitui uma narrativa do seu quotidiano nos anos conturbados e iniciais do exílio.
Ana Holstein Beck fez-se por diversas vezes fotografar com os seus primeiros aparelhos fotográficos ao peito. Poses ostensivas e de regozijo pelo indisfarçável prazer que a fotografia lhe proporcionava, ânimo de captar tudo o que lhe despertava curiosidade e o que lhe marcava o sentimento.
Ana Holstein Beck tinha igualmente um interesse especial pelo registo fotográfico de automóveis, tendo fotografado com frequência os automóveis em que viajou, os seus ocupantes e peripécias e acontecimentos ocorridos nas viagens, nas caçadas, nas férias, e no contacto com os amigos. Também ensaiou um registo de fotorreportagem para documentar acontecimentos de maior importância, como aconteceu no Cortejo Medieval de Lisboa em 1935, na Exposição do Mundo Português em 1940, na Bênção dos Bacalhoeiros em 1943 e no Cortejo Fúnebre do Presidente da República, António Óscar de Fragoso Carmona em 1951.
Holstein Beck - O estudo da coleção.
Holstein Beck - O tratamento da coleção.
References: