Maria Peregrina de Sousa (1809-1894)
Portuguese Writer

Maria Peregrina de Sousa was born in Porto on 13 February 1809. The first name was simply Maria de Sousa, receiving the Pilgrim increased by his uncle due to displacement of his family the outskirts of Porto, when the French invasion Portugal.
Her first poem was published anonymously in the Archivo Pitoresco, and then went on to publish in the Revista Universal Lisbonense, under the pseudonym "Obscura Portuense", a series of writings on the beliefs and superstitions of Minho. These writings provoked immense curiosity in the public and himself editor of the Revista, António Feliciano de Castilho, and had even the satisfaction of revealing the identity of the Port writer.
The friendship between Castilho and Peregrina and continued throughout the life of the Portuguese bard, fueled by a close match. Castilho was responsible for the dissemination of the Peregrina name, and it made it acceded to the list of good writers of her time. It was the influence of Castilho that led her to publish several other periodicals, such as Iris, in Rio de Janeiro, whose editor was Jose Feliciano de Castilho Barreto and Noronha. Almost a decade later, she starts to write riddles, ballads and short stories in the Almanach Luso Brasileiro, intermittently, between the years 1854 and 1894. In this almanac, Peregrina seems to recover the beliefs and superstitions of Minho, working the in the form of poems or short texts .
The insistence Castilho corroborated that, in 1865, Maria Peregrina publish in the journal Esperança, the title of serial "Maria Isabel". Maria Peregrina de Sousa also collaborated in the 50s of XIX century, in other periodicals such as Aurora, Pirata, Pobres do Porto, Lidador, Recreio das Damas and Restauração. also participated in three poetry journals: A Miscellany Poetics, in the years 1851 and 1852, O Bardo in 1852 and Grinalda, from 1855 to 1869, used in their publications the known pseudonym "Obscura Portuense" and added yet the "Mariposa", in addition to identifying the initial D.M.P. or D.M.P.S..
In 1859, Maria Peregrina published for the first time in the book, a novel. Under the title Retalhos do Mundo and with 58 chapters started with sayings or proverbs, she offered the work to his master Castilho. Write still Rhadamanto ou Mana do Conde, came to light in 1863 at the expense of Madrepore Society of Rio de Janeiro, being included in the same brochure Roberta or A Força da Simpatia novel, already known, since 1848 , by the journal pages Pobres do Porto. The fourth novel in book dated 1876 and bears the title of Henrieta This has also published, in serial, the newspaper O Pirata, in 1850. The writer of Porto also served as critical in translation by António Feliciano de Castilho, Os Fastos, of Ovidio.
The critical reception of his work, as well as other writers of her time, is almost nonexistent. However, we can say that, based on reading Leite de Vasconcellos in their Ethnographic Essays, 1821, Peregrina was one of the pioneers of the Portuguese ethnography. Maria Peregrina de Sousa died on November 16, 1894, in Rua de Santa Catarina, Porto.

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Maria Peregrina de Sousa nasceu no Porto, em 13 de fevereiro de 1809. O nome de batismo era simplesmente Maria de Sousa, recebendo o acréscimo de Peregrina por seu tio, devido aos deslocamentos de sua família pelos arredores do Porto, quando da invasão francesa em Portugal. 
O seu primeiro poema foi publicado de forma anônima no Archivo Pitoresco, e em seguida, passou a publicar, na Revista Universal Lisbonense, sob o pseudônimo de “Obscura Portuense”, uma série de escritos sobre as crenças e superstições do Minho. Esses escritos provocaram imensa curiosidade no público e no próprio redator da Revista, António Feliciano de Castilho, e que teve, inclusive, a satisfação de desvendar a identidade da escritora do Porto. 
A amizade entre Castilho e Peregrina perdurou por toda a vida do bardo português, alimentada por uma correspondência estreita. Castilho foi responsável pela divulgação do nome de Peregrina, e com isso fez com que ela acedesse ao rol das boas escritoras de seu tempo.  Foi a influência de Castilho que a levou a publicar em diversos outros periódicos, como por exemplo o Iris, do Rio de Janeiro, cujo redator era José Feliciano de Castilho Barreto e Noronha. Quase uma década depois, ela passa a escrever charadas, trovas e pequenos contos no Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro, de forma intermitente, entre os anos de 1854 e 1894. Nesse almanaque, Peregrina parece recuperar as crenças e superstições do Minho, trabalhando-as em forma de poemas ou pequenos textos.
A insistência de Castilho corroborou para que, em 1865, Maria Peregrina publicasse, no periódico Esperança, o folhetim de título “Maria Isabel”. Maria Peregrina de Sousa colaborou ainda, na década de 50 do século XIX, em outros periódicos como Aurora, Pirata, Pobres do Porto, Lidador, O Recreio das Damas e Restauração. Participou também de três periódicos de poesia: A Miscelânea Poética, nos anos de 1851 e 1852, O Bardo, em 1852, e A Grinalda, de 1855 a 1869. Utilizou em suas publicações o já conhecido pseudônimo de “Obscura Portuense” e somou ainda o de “Mariposa”, além da identificação pelas iniciais D.M.P ou D.M.P.S. 
Em 1859, Maria Peregrina publicou, pela primeira vez em livro, um romance. Sob o título de Retalhos do Mundo e com 58 capítulos iniciados com provérbios ou rifões, ofereceu a obra ao seu mestre Castilho. Escreve ainda Rhadamanto ou a Mana do Conde, vindo a lume em 1863, a expensas da Sociedade Madrépora do Rio de Janeiro, sendo incluído na mesma brochura a novela Roberta ou a Força da Simpatia, já conhecida, desde 1848, pelas páginas do periódico Pobres no Porto. O quarto romance em livro data de 1876 e leva o título de Henriqueta. Esse também já publicado, em folhetim, no jornal O Pirata, em 1850. A escritora do Porto também atuou como crítica na tradução feita por António Feliciano de Castilho, dos Fastos, de Ovídio.
A recepção crítica de sua obra, assim como outras escritoras de seu tempo, é quase inexistente. Entretanto, é possível afirmar que, baseado na leitura de Leite de Vasconcellos, em seus Ensaios Etnográficos, de 1821, Peregrina foi uma das pioneiras da etnografia portuguesa.  D. Maria Peregrina de Sousa morreu no dia 16 de novembro de 1894, na Rua de Santa Catarina, cidade do Porto. 

References:
  • CASTILHO, António Feliciano de. Maria Peregrina de Sousa. In: Revista Contemporânea de Portugal. 3º ano. T.III. Lisboa: setembro de 1861, p. 273-312
  • COMANDULLI, Ana Cristina. “Maria Peregrina de Sousa”. In: Convergência Lusíada, nº 32. Rio de Janeiro: RGPL, julho/dez 2014CRUZ, Eduardo, FERREIRA, Tania Maria Bessone da Cruz (orgs). In: No Giro do Mundo. Os Periódicos do Século XIX no Real Gabinete Português de Leitura, Rio de Janeiro, Volume II, p. 62-69
  • CUNHA, Ana Cristina Comandulli da. A Presença de A.F. de Castilho nas letras oitocentistas portuguesas: sociabilidades e difusão da escrita feminina. Niterói, Universidade Federal Fluminense, 2014SILVA, Inocêncio Francisco da. Diccionario Bibliographico Portuguez. Lisboa: Imprensa Nacional, 1858-1862, Vol VI p.  142, Vol CVI p. 360
  • VASCONCELLOS, José Leite de. Ensaios Etnographicos. Vol . 1, 1891, p. 228-240
  • Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, 29. Lisboa – Rio de Janeiro, Enciclopédia Editora, 1945, p.825

Acknowledgements:

The biography of Maria Peregrina de Sousa was written by Ana Cristina Comandulli. 

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